Brasil: 195 casos de Intoxicação por Metanol em Bebidas


Segundo o mais recente boletim, divulgado no sábado, as autoridades de saúde conseguiram confirmar a morte de duas pessoas devido ao consumo de bebidas adulteradas. Outras 11 mortes também estão a ser investigadas como suspeitas.

Do total de 195 casos, foram confirmadas 14 pessoas vítimas de intoxicação por metanol, enquanto os restantes estão sob investigação, acrescentou o Ministério, citado pela Agência Brasil.

A maioria dos afetados está localizada no estado de São Paulo --- um total de 162 casos suspeitos --- e as duas mortes confirmadas também ocorreram nesta região.

Os outros dois estados com maior número de casos são Pernambuco, com 11, e Mato Grosso, com cinco notificações.

No sábado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha anunciou a compra, a uma empresa japonesa, de 2.500 doses fomepizol, um antídoto utilizado em casos de intoxicação por metanol, que chegará ao Brasil "na próxima semana".

Nos últimos dias foram realizadas várias operações policiais ligadas a estes casos, resultando em 41 detenções, 11 das quais no sábado.

"Nós estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no país. A entrada da Polícia Federal no plano se deve à suspeita de envolvimento de uma organização criminosa relacionada à adulteração de bebidas", disse, em comunicado, Padilha.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a instalação de uma Sala de Situação para monitorizar os casos de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica e coordenar as medidas a serem adotadas.

Em causa está a falsificação de bebidas alcoólicas para serem comercializadas.

Em entrevista à TV Brasil, o diretor de comunicação da Associação Brasileira de Combate à Falsificação afirmou que o metanol importado pelo crime organizado para adulterar combustíveis pode ter sido desviado para distribuidoras de bebidas, estando na origem dos recentes casos de intoxicação em São Paulo.

Esse ter-se-á intensificado após a Operação Carbono Oculto, que em agosto desmantelou um esquema de fraude e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

Com empresas e transportadoras ligadas ao Primeiro Comando da Capital interditadas, acabou por ser escoado também para destilarias ilegais, denunciou o responsável.

A partir de setembro, "pacientes intoxicados apresentaram histórico de ingestão de bebidas destiladas em cenas sociais de consumo alcoólico, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky e vodka", disse o governo brasileiro.

Fonte: Notícias ao Minuto

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