A chacina em Gaza e a conexão com as Grandes Tecnológicas

 


Google e Amazon firmaram um contrato chamado "Projecto Nimbus" com o Estado de Israel, de cerca de 1,2 bilião de dólares.

Esse projecto oferece infraestruturas de nuvem e ferramentas de IA que podem ser usadas para vigilância, reconhecimento facial, análise de “sentimentos” e policiamento preditivo.

Tais tecnologias são aplicadas para monitorar palestinos, identificar “suspeitos” e elaborar listas de alvos militares.


Palantir e o “motor de dados de guerra”

A Palantir, empresa conhecida pelas suas plataformas de análise de dados, junta registos de chamadas telefónicas, imagens de drones, actividades em redes sociais etc., para criar perfis e identificar alvos.

Em Gaza, essas ferramentas aproximam vigilância de operações militares, ajudando a acelerar os ataques.


IA, listas de morte e automação

O exército israelita usa sistemas de inteligência artificial para gerar automaticamente listas de pessoas consideradas “suspeitas”.

Em muitos casos, a supervisão humana é mínima, e decisões automatizadas transformam-se em bombardeamentos com alto risco de vítimas civis.

Novas ferramentas de IA estão a ser desenvolvidas, baseadas em tecnologias semelhantes às usadas em sistemas como o ChatGPT, para aumentar vigilância, identificação e prisões.


Israel como laboratório tecnológico

Israel funciona como “campo de testes” para tecnologias militares e de controlo social.

Ferramentas testadas lá podem depois ser exportadas para outras partes do mundo, inclusive para regimes autoritários.

A vigilância e o policiamento digital usados nos territórios palestinos podem inspirar ou ser adaptados para outros contextos.


Um alerta da ONU

A relatora especial da ONU para os territórios palestinos, Francesca Albanese, documentou o envolvimento profundo das empresas de tecnologia no conflito.

Ela afirma que essas empresas não são meras espectadoras: participam activamente do que considera crimes de guerra.


Caminhos de resistência

Dentro dessas empresas, funcionários já protestam, fazem greves ou petições contra os contratos com Israel.

Universidades e movimentos estudantis exigem que instituições rompam parcerias com empresas envolvidas.

Organizações de direitos humanos trabalham para expor essas conexões.

O texto sugere que devemos tratar empresas como Microsoft, Google, Amazon e Palantir como “fabricantes de armas digitais” e pressionar por responsabilidade.

Fonte: Peoples Democracy

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