Como estamos a ser enganados (e a pagar mais) por centenas de produtos de supermercado
Já reparou que algumas barras de cereais ou chocolates que costumava comprar parecem mais pequenos?
Notou que os pacotes de batatas fritas vêm com mais ar do que batata?
Ou que as saquetas de bolachas que antes traziam 4 bolachas, agora só têm 3?
Isto não é coincidência. É uma prática cada vez mais comum chamada "shrinkflation" — uma junção das palavras "shrink" (encolher) e "inflation" (inflação).
As marcas retiram 10, 20 ou até 30 gramas por produto. Pode parecer pouco, mas quando se vendem milhões de unidades, o lucro aumenta em milhões.
Para o consumidor, no entanto, o preço continua o mesmo — o que muda é que leva menos produto para casa, sem aviso, sem desconto, sem escolha.
E isto não acontece apenas com produtos supérfluos como refrigerantes, snacks ou bolachas. A shrinkflation chegou a bens essenciais: leite, iogurtes, cereais, atum, arroz, etc.
No fim, quando enche o carrinho com 10 ou 12 produtos, está a ser lesado em todos eles. Pode estar a pagar mais 4 ou 5 euros por exatamente... menos.
Menos quantidade, menos valor, menos transparência — e tudo legal.
O supermercado continua a faturar. As marcas continuam a lucrar.
Quem perde, como sempre, é o consumidor.
0 comentários:
Enviar um comentário