Escrevo este texto acerca da depressão — prefiro chamar-lhe tempestade — Cláudia, que actualmente atravessa Portugal.
Na minha opinião, trata-se de uma das piores tempestades que enfrentámos nos últimos anos.
Em média, uma tempestade demora cerca de três dias a atravessar o país, após o que os seus efeitos começam a dissipar-se. No entanto, a mega-tempestade Cláudia, que nas imagens de satélite apresenta um diâmetro de cerca de 2000 km, levará aproximadamente cinco dias a passar: iniciou-se a 12 de Novembro e só deverá terminar a 16 de Novembro.
Até ao momento, registaram-se mais de 2700 ocorrências — cheias, quedas de árvores e de estruturas, bem como postes de alta tensão derrubados — e três vítimas mortais.
Duas dessas mortes ocorreram no primeiro dia: um casal de idosos, em Fernão Ferro (Seixal), perdeu a vida durante a noite, quando a sua habitação ficou submersa, Link. A terceira vítima mortal registou-se a 15 de Novembro, em Albufeira, onde um mini-tornado provocou diversos estragos e destruiu parcialmente um resort "Eden".
Por todo o país têm ocorrido cheias significativas e tempestades eléctricas. Na primeira noite, só em Lisboa, foram registados mais de 50 mil relâmpagos. Houve ainda apagões em várias zonas do território, sobretudo em Lisboa, Santarém e Setúbal. Segundo a E-Redes, cerca de 20 mil pessoas ficaram sem electricidade.
Mini-tornados registados:
14 de Novembro: Em Nisa (distrito de Portalegre), um tornado destelhou pelo menos dez casas na aldeia de Falagueira.
15 de Novembro: Em Albufeira (Algarve), um mini-tornado causou um morto e avultados danos materiais, além de 20 feridos. A vítima mortal é uma inglesa de 85 anos que se encontrava no parque de campismo. Link
Segundo a Proteção Civil (ANEPC), registaram-se também cinco salvamentos terrestres e seis aquáticos. Em algumas regiões, as chuvas torrenciais e o granizo foram intensos, e as rajadas de vento ultrapassaram os 130 km/h.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a rajada de vento máxima na quinta-feira foi registada nas Penhas Douradas: 127,1 km/hora. A segunda maior (124,2 km/hora) aconteceu no Cabo da Roca, em Sintra.
Fontes: RTP, EuroNews , Sapo Notícias


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