O primeiro-ministro polaco Donald Tusk afirma que houve um acto de sabotagem nos caminhos-de-ferro de Varsóvia-Lublim, onde uma explosão destruiu a via férrea.
Uma linha de comboio entre as cidades polacas de Varsóvia e Lublin ficou danificada após uma explosão, que o primeiro-ministro Donald Tusk descreve como um "acto de sabotagem sem precedentes". De acordo com o líder do executivo, esta rota é "crucial" para o envio de ajuda para a Ucrânia.
"Explodir a linha férrea na rota Varsóvia-Lublin é um ato de sabotagem sem precedentes, que visa directamente a segurança do Estado polaco e os seus cidadãos. Essa rota também é crucial para o envio de ajuda à Ucrânia. Vamos capturar os responsáveis, sejam eles quem forem", garante Tusk na rede social X.
O ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, diz que os militares estavam a inspecionar um troço de 120 km que conduz à fronteira com a Ucrânia.
“Esta rota também é utilizada para transportar armas para a Ucrânia. Felizmente, não ocorreu nenhuma tragédia nem feridos, mas as implicações legais são muito graves”, avisa Tusk num discurso em vídeo.
Entretanto, em conferência de imprensa, o ministro do Interior polaco confirmou a existência de pelo menos um ato de sabotagem confirmado e outro "muito provável". Além disso, o ministro dos Serviços Especiais, Tomasz Siemoniak, disse que a probabilidade de estes atos terem sido conduzidos sob ordem de serviços secretos de outro país é muito elevada.
Este ataque segue uma lista cada vez mais longa de ocorrências, que vão de casos de fogo posto, ataques com explosivos, ciberataques e perturbação de infraestruturas civis e militares com drones, numa campanha que não afecta apenas os países que fazem fronteira com a Rússia, acabando por acontecer um pouco por toda a Europa.
Só em outubro oito pessoas foram detidas na Polónia por suspeitas de planear actos de sabotagem a mando da Rússia.
A Polónia é um dos países que tem oferecido mais assistência a Kiev, desde o início da invasão russa. Desde os primeiros dias, o território polaco tem sido utilizado como o principal centro logístico para o envio do apoio militar para a Ucrânia.
Fontes: CNN, Diário de Notícias

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