Variante "Delta", engenharia Genética?

 









A variante Delta é 60% mais transmissível do que a variante Alfa – identificada pela primeira vez no Reino Unido – que, por sua vez, era cerca de 50% mais transmissível do que a estirpe original de Wuhan. “É uma variante super propagadora, e isso é preocupante”, diz Eric Topol, fundador e diretor do Instituto Scripps de Investigação Translacional. A variante Delta tem características que lhe permitem escapar ao sistema imunitário e pode ser mais evasiva do que a variante Beta (B.1.351), identificada pela primeira vez na África do Sul, que até agora era a pior, diz Eric. “Para além disso, tem a maior transmissibilidade de tudo o que observámos até agora. É uma combinação péssima.”

A chave para o sucesso da variante Delta é a coleção de mutações que a variante acumulou na proteína “espigão” que envolve o SARS-CoV-2 e dá ao vírus a sua aparência característica em forma de coroa. Estas mutações alteraram o espigão e, como resultado, alguns dos anticorpos existentes podem não se ligar com tanta força ou frequência, explica Markus Hoffmann, biólogo de doenças infecciosas do Instituto Leibniz de Investigação de Primatas, na Alemanha. Markus demonstrou que a variante Kappa, intimamente relacionada com a Delta, evita anticorpos que foram gerados através de infeção e vacinação; e também resiste a terapias de anticorpos produzidos sinteticamente, como o Bamlanivimab.

Se uma mutação conferir a um vírus uma vantagem de aptidão ou reprodução, essa mutação tende a evoluir de forma independente pelo mundo inteiro. A variante Delta, juntamente com as suas variantes mais intimamente relacionadas, e a variante Alfa, que é altamente contagiosa, têm uma mutação na posição 681 da proteína espigão que é considerada uma mudança evolucionária de paradigma, que também facilita a invasão de uma célula hospedeira e a propagação do SARS-CoV-2. Esta mutação está rapidamente a tornar-se comum no vírus que provoca a COVID-19 em todo o planeta.
















Link National Geographic


As vacinas protegem contra a variante Delta?

Apesar das farmacêuticas dizerem que sim, a eficácia não está totalmente definida. Alguns dizem que a vacina apenas protege contra sintomas graves da doença, mas não torna os vacinados imunes.

Um estudo (ainda em revisão) mostrou que as duas dozes da Pfizer dão 88% de  protecção, as duas doses da AstraZeneca apenas dão 60% de protecção.

Noutros estudos que ainda aguardam revisão por pares, os investigadores relatam que a Delta foi responsável pela maioria das infeções pós-vacina na Índia – que acontecem após a vacinação completa – levando a um aglomerado de casos entre profissionais de saúde completamente vacinados.


Dados do: National Geographic


Actualização: 

Surge agora uma versão mais contagiosa e perigosa, a Delta Plus. Link Correio da Manhã

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