Assaltos a Bancos, no Brasil; o que é o método "Domínio de Cidades"?
Numa década, o Brasil viu explodir em cidades do interior um novo tipo de crime extremamente violento, denominado inicialmente de "Novo Cangaço", a prática evoluiu rapidamente para o "Domínio de Cidades".
No "Novo Cangaço" há menos elementos e viaturas envolvidas, o armamento podem ser revólveres ou metralhadoras. No método "Domínio de Cidades" existem mais elementos criminosos envolvidos (grupos que podem ir de 20 a 35 elementos), armamento mais pesado (metralhadoras, granadas, munições calibre 50, etc.), e homens especializados (uns especializados em explosivos, outros em arrombar cofres, outros em estratégia e fuga, etc.).
Em muitos casos, eles operam praticamente como militares especializados, estudam rotas de fuga e mapa da cidade antes, têm viaturas e coletes à prova de bala, bloqueiam estradas com camiões, enfim usam técnicas de guerrilha.
Nalguns crimes, os grupos criminosos chegaram a orquestrar a fuga de prisioneiros de prisões (para os recrutar nos assaltos) e depois assaltaram vários bancos no mesmo dia.
Na modalidade de Domínio de Cidades, não há vínculos estáveis nem mesmo duradouros, os grupos são formados por articulação criminosa em redes, estrutura mais flexível e dinâmica se comparada ao modelo engessado das organizações criminosas.
Esses grupos, unem-se apenas para aquela missão, mas não dependem de hierarquias para a sua estruturação. Como não há um só grupo, com cabecilha, não é fácil a polícia investigá-los, ou investigar a relação entre cada membro antecipadamente.
Além disso, no "Domínio de Cidades" é uma situação de altíssimo risco, que carece de uma atuação multi-agências policiais, dada a sua periculosidade.
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