2.10.25

Flotilha Humanitária Interceptada: Mariana Mortágua Detida


Os barcos da Flotilha Humanitária "Global Sumud" foram interceptados, as embarcações estavam a menos de 150 km de Gaza. A Flotilha é composta por cerca de 40 embarcações e tem cerca de 443 tripulantes de 47 países.

Mariana Mortágua, líder e deputada do Bloco de Esquerda e a actriz Sofia Aparício foram detidas pela marinha israelita.

Paulo Rangel, ministro dos negócios estrangeiros português, está em contacto com Israel e diz que o consulado Português irá fornecer apoio diplomático.

As autoridades israelitas disseram ao Portugal que não iriam usar qualquer tipo de violência contra os detidos (esperemos que seja verdade).

Paulo Rangel dá uma "graxinha" a Israel e elogia que eles estão a ter um comportamento profissional e de elogiar.

Por essa razão, e por uma questão de "fairplay", Rangel não revelou para que porto israelita se dirigem as portuguesas que foram detidas, apesar de o Governo de Itália já ter afirmado publicamente que se tratará de Ashdod, a meio caminho entre Telavive e Gaza. 

Link Jornal Público

Do lado brasileiro, há cerca de 17 cidadãos detidos, entre eles um activista Thiago de Ávila, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e a vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL-SP).

A intercepção é legal? Em águas internacionais não, e é considerado crime de guerra, ocultar o paradeiros dos detidos ainda pior. Mas Israel pode "fazer tudo", quem disser o oposto é "anti semita".


 

Actualização: 

Entretanto na Europa milhares de pessoas manifestam-se.

Em Lisboa, o protesto decorreu frente à Embaixada de Israel. 

Em Espanha milhares de pessoas manifestaram-se em Barcelona e Madrid, à porta à porta do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

França, em Marselha cerca de 100 manifestantes pró-Palestina foram detidos esta quinta-feira, acusados de bloquear a fábrica de armas Eurolinks, acusada de fornecer componentes militares a Israel para a sua ofensiva na Faixa de Gaza.

Em Genebra, na Suíça, cerca de 2000 pessoas reuniram-se ao final da tarde desta quinta-feira para expressar a sua solidariedade com a Palestina e com a flotilha para Gaza intercetada por Israel.

Há também registo de protestos em Itália, Polónia, Países Baixos, Alemanha, Paquistão, Malásia e no México. Link RTP

Uma segunda flotilha, com nove embarcações, segue para Gaza.


Actualização 4 de Outubro

Mariana Mortágua foi visitada pelo cônsul e pela embaixadora portuguesa, Helena Paiva, em Israel depois de ter sido detida na quarta-feira, quando seguia na flotilha humanitária rumo à Faixa de Gaza. A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) está numa cela com mais 12 ativistas e deixou uma mensagem à família a avisar que está bem, mas em más condições, comunicou a irmã e dirigente do BE, Joana Mortágua, através da rede social X.

“Acabou de me ligar o cônsul de Portugal em Israel. Estiveram com a Mariana, está bem psicológica e fisicamente, com a força, de sempre, segundo ele, mas com queixas”, lê-se na mensagem enviada a Joana Mortágua pela mãe.

“Ela [Mariana Mortágua] pediu que ele [o cônsul] me contactasse e lesse uma mensagem dela: ‘Mãe, estou bem, mas não nos trataram bem, sem comida nem água durante 48 horas. Convoquem manifestação, contacta Joana T e BE.’ O cônsul diz que ela está numa cela com 12 e que a embaixadora tinha ou ia fazer uma reclamação relativa às queixas.”

“O relato que temos da Mariana é este e é coincidente com o da embaixadora quando diz que não há água potável”, afirmou Joana Mortágua na SIC Notícias.

Helena Paiva, que visitou hoje os portugueses, “pôde confirmar que todos se encontravam bem de saúde apesar das condições difíceis e duras à chegada ao porto de Ashdod e no centro de detenção”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência Lusa.

Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estão agora na prisão de Saharonim, no deserto de Negev, e aguardam a deportação para Portugal, devendo chegar à Europa no início da próxima semana. Link Jornal Expresso


Entretanto, um pouco por toda a Europa continuam milhares de pessoas a manifestar-se pela Palestina.

Em Portugal manifestantes barricaram-se em comboios na estação do Rossio: polícia de choque e ambulância foram para o local.

Ambiente foi de tensão na principal estação de comboios da capital portuguesa, onde uma pessoa foi eletrocutada ao subir a uma carruagem.

A vítima, um jovem de 18 anos que participava na manifestação, foi eletrocutado ao tentar subir para a parte superior de um comboio. Fonte dos bombeiros disse à Lusa que o jovem se terá agarrado à catenária. Foi transportado para o hospital pelo INEM. Link Expresso.


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