Por mais que os telejornais (alguns tendenciosos, já que os canais da RTP são estatais) tentem maquilhar as informações sobre o acidente com o Elevador da Glória, a verdade não pode ser escondida.
Fala-se em inspeções realizadas, mas isso é uma falácia: inspeções visuais de meia hora não detectam nada. O cabo encontra-se debaixo do chão e não é sequer visível a olho nu.
A Carris subcontratou uma empresa para realizar as inspeções — claramente para poupar dinheiro, depois de ter recusado um contrato de manutenção no valor de 1,2 milhões de euros. Portanto, não venham com falácias!
As inspeções minuciosas, que deveriam ser feitas a cada ano e meio, foram sendo reduzidas. Há seis anos que não se fazia a substituição do cabo.
Engenheiros do Instituto Superior Técnico (IST) confirmaram ao jornal Expresso que o cabo original em aço foi substituído, há seis anos, por um mais barato, com núcleo interior em fibra.
E isto muda tudo! Um cabo desse tipo tem menor resistência e uma vida útil consideravelmente mais curta.
Com o tempo, o cabo terá perdido resistência na zona de aperto ao trambolho, devido a fatores como calor, vibração e deformação do material. Segundo os especialistas, a Carris deveria ter testado o novo sistema de amarração após a substituição do cabo — algo que, ao que tudo indica, não foi feito.
(Fonte: SIC)
Isto é típico em Portugal: poupa-se em tudo, sobretudo na manutenção dos transportes colectivos. Mas até quando?
Qual será a próxima desgraça?
Um autocarro da Rede Expressos ou da TST que fique desgovernado, sem travões, provocando mortes? A queda de uma ponte antiga, muitas delas envelhecidas e com poucas inspeções regulares?
Até quando teremos de esperar pela próxima tragédia? E aviões da TAP que tinham peças não certificadas, nos motores, segundo a Agência Europeia para a Segurança da Aviação Link
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